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No aspecto de ensino e aprendizagem, tanto a EAD quanto a educação presencial têm semelhança nos objetivos de transmitir conhecimentos e que eles sejam elaborados para transformar a prática e os fundamentos a ela subjacentes. Na EAD a diferença está na distância, no tempo que se dispõe para realizar, pois destina-se a pessoas que de alguma maneira não podem participar de cursos presenciais.

 

Quanto à interação entre professor e aluno, é necessário uma comunicação muito aberta e motivadora, nas duas modalidades. Além disso, nos dias atuais, as duas precisam estar relacionadas entre si, devido ao uso crescente que se faz da Internet.  Por isso, o foco atual é o híbrido, em que há ensino presencial e a distância, promovendo maior autonomia do aluno, o professor tem o papel de orientador e a aprendizagem passa por maior motivação.

 

Em minha atuação profissional, como professora de espanhol, procuro oferecer meios diversificados para que a aprendizagem aconteça de modo significativo e contextualizado. Quanto às metodologias, procuro aplicar ferramentas para aprendizagem a distância que consolidem o que se aprende em sala. Entendo que a flipped classroom é útil e muito usual mas, para que ela aconteça, deve haver um amadurecimento na aprendizagem autônoma, que pode ser conseguida pela reflexão sobre a atuação.

 

Quanto ao aluno e ao professor, deve haver uma abertura e disposição mental para gerar novos desafios de aprendizagem, buscando sair da zona de conforto, e procurando maior autonomia para desenvolver conhecimento adquirido e colocado em prática tanto para quem aprende como também para quem ensina.

Fundamentos da Tecnologia Educacional e Educação a Distância

 

Os fundamentos conceituais estudados nessa disciplina embasam a Educação a Distância (EAD) e dialogam entre si no sentido de complementar uma à outra. Estão aqui representadas por Conceito de EAD; Funções cognitivas Neurociências e Tecnologia; as Metodologias Ativas e a Legislação Brasileira para a EAD, escolhi um formato mais acadêmico por representar o tipo de texto.

 

 

Conceito de EAD

Funções cognitivas

Neurociências e Tecnologia

Para entender as funções cognitivas, é necessário recorrer à contribuição das "Neurociências ou estudos que engendram discussões, acerca do funcionamento do cérebro e suas relações com o todo" (GARRIDO: 2012),  pois "o cérebro tem a capacidade de mudanças na forma de aprender e de entender de outras formas o que já foi aprendido em determinado momento". (GARRIDO: 2012)

 

Quanto às mudanças no modo de aprender e de entender, ressalto as que são positivas decorrentes das interações. No desenvolvimento do curso de EAD é de grande relevância a inter-relação entre os participantes tanto quanto no curso presencial. No entanto, há uma certa limitação nessas interações no que se refere aos órgãos sensoriais, audição, visão etc., os quais reduzem a experiência global, dada a distância física entre os indivíduos. Esse distanciamento pode ser minimizado pelas propostas de atividades por webconferência, fóruns, eventos, vídeos etc., nos quais o professor tem papel relevante para orientar as questões e os elementos que direcionam o conhecimento específico.

 

Quanto às funções cognitivas relativas à memória, consideramos que é essencial desenvolvê-la, mas ela não deve receber todo o foco das atividades, tornando-se simples estímulo e resposta. A contribuição da memorização é dada pela experiência cultural individual e social e pela vivência pessoal, entre outros aspectos. Já a percepção, outra função cognitiva, contribui para reconhecer e organizar, como também dar sentido ao que é experenciado, tanto pelo sensorial quanto pela abstração, no cotidiano e que podem levar à aprendizagem significativa.

 

Em minha experiência como estudante, docente e pesquisadora, posso acrescentar que o desenvolvimento pode ser decorrente de crenças sobre ensino e aprendizagem que se adquire social e individualmente, sobre o que ocorre na sala de aula presencial e na EAD, orientando a atuação de cada participante.

 

GARRIDO, Susane. As tecnologias digitais e a neurociências. In: LITTO, F. M. (Org.); FORMIGA, M. (Org.). Educação a Distância: o Estado da Arte. São Paulo: Pearson, 2012. cap. 8. Disponível em: <http://blog.eadaqui.com.br/eadnoface/susane_garrido_jovaed_leitura_01>. Acesso em 15 out. 2014.

 

 

GARRIDO, Susane. Educação a distância e os processos cognitivos: video. Disponível em: <http://vimeo.com/21242317>. Acesso em 15 out. 2014.

 

 

GARRIDO, Susane. Qual é o sentido da tecnologia? Computer World, São Paulo, v. 28, n. 141, out. 2011. Disponível em: <http://computerworld.com.br/estaticas/cwdigital/cw541.pdf>. Acesso em 20 out. 2014.

 

Aspectos da Educação Aberta da Open University

 

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) têm promovido grandes reflexões para consequentes transformações na Educação, no que se refere ao ensino e aprendizagem e o principal aspecto que recebe atenção é o papel central que o aluno passou a ocupar no processo. Da mesma forma, o professor já não detém todo o conhecimento, mas é um orientador no desenvolvimento da aprendizagem.

 

Tendo esse panorama como base, a Royal Charter fundou a Open University of United Kingdom (OUUK) em 1969, mas começou suas atividades oficialmente em 1971.

A OUUK atua em diversos países e é a principal escola de administração da Europa sendo reconhecida pelo Instituto de Qualidade Europeu (EQUIS).

 

O modelo de aprendizado ministrado pela OUUK é independente, em que os estudantes realizam o curso em lugares distintos e não têm que se adequar a escalas fixas de horário. Há grande promoção à autonomia do aluno, como também personalização do conteúdo e a construção colaborativa de conhecimento. Os estudantes se reúnem periodicamente em grupos, em locais específicos, para receber apoio instrucional e têm permissão para utilização de dispositivos móveis favorecendo a aprendizagem.

 

A missão da OUUK é promover as oportunidades educacionais e da justiça social, oferecendo a possibilidade de formação universitária de alta qualidade. Por meio da pesquisa acadêmica, inovação pedagógica, tecnológica e parceria colaborativa objetivam excelência na aprendizagem aberta, para utilização durante a vida social, acadêmica ou laboral do estudante como cidadão.

 

Existe um planejamento para a aprendizagem e este documento precisa ser de alto nível para orientar as atuações acadêmicas. Cada unidade estabelece metas de desempenho que refletem em seu contexto as contribuições para a realização das prioridades definidas na Estratégia de Aprendizagem e Ensino.

 

Esses aspectos destacados demonstram que a preocupação com a Educação Aberta aliada ao compromisso social podem caminar em conjunto para a construção e compartilhamento do conhecimento.

 

Estratégias de Ensino e de Aprendizagem da Open University. Disponível em:<http://www.open.ac.uk/about/main/sites/www.open.ac.uk.about.main/files/files/ecms/web-content/S-2012-01-09-Refreshed-Learning-and-Teaching-Strategy-UPDATED.pdf>.

The Open University. Disponível em: <www.open.ac.uk>.

 

 

 

Metodologia ativa

Por metodologia ativa entendo que se trata de modelos como o da aula invertida, ou flipped classroom, que tem sido utilizada pelos mais modernos institutos de ensino que buscam a priorização do ensino e aprendizagem por meio da colaboração participativa, em que o aluno pode se apropriar do conhecimento, tecendo seu próprio caminho. Esse tipo de aula (invertida) consiste em que os conceitos são apresentados em formato de vídeo ou leitura em que o estudante visualiza antes da aula presencial, a qual ocorre para discussões e esclarecimentos do conteúdo assistido.

 

Essa nova prática contrasta com as aulas expositivas tradicionais, em que o professor é o responsável pelo conteúdo que quer transmitir, em que os alunos são levados a ter uma postura passiva de retenção da aprendizagem. Isso não quer dizer que o professor que se utiliza da flipped classroom não precise demonstrar o que sabe, mas ele é um orientador que conduz a construção do conhecimento.

 

No caso das Universidades Harvard e Stanford, os vídeos disponibilizados demonstram claramente a divisão comentada anteriormente. Ou seja, por um lado, Harvard se limitou a gravar as aulas presenciais transpondo-as para aulas a distância. Por outro, Stanford investiu em vídeos adequados ao assistente online, preocupando-se com os aspectos visuais que tendem a motivar a aprendizagem de modo mais significativo.

 

Os aspectos comentados brevemente contribuem para promover uma reflexão sobre o papel das vídeo-aulas, que deve estar adequado ao objetivo e ao público alvo de maneira motivadora e inovadora, buscando desafiar o aluno para que os objetivos sejam atingidos. 

 

BARBOSA, E. F.; MOURA, D. G. de.  Metodologias ativas na aprendizagem na educação profissional e tecnológica. B. Tec. Senac, Rio de Janeiro, v. 39, n.2, p.48-67, maio/ago. 2013. Disponível em: <http://www.senac.br/media/42471/os_boletim_web_4.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2014.

 

 

 

 

Legislação e normas para a EAD no Brasil

 

Sobre a legislação e as normas para a EAD no Brasil, ainda há muito o que caminhar. Existe uma predisposição para considerar que os cursos EAD não são sérios, o que não se pode generalizar. Se quisessem incentivar os presenciais não conseguiriam prescindir dos que têm qualidade duvidosa tanto no cumprimento acadêmico quanto administrativo, prejudicando os estudantes e a sociedade. O que se admira é que não estão ao alcance das instâncias legislativas. 

 

Existe também uma exigência, divulgada pela legislação em vigor, de que os cursos EAD precisam do exame presencial, prescindindo da avaliação processual, favorecendo a avaliação final, ao contrário do que se promove nas pesquisas na área metodológica de ensino e de investigações científicas. 

 

A modalidade de educação a distância foi estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.º9.394, de 20 de dezembro de 1996. Regulamentada pelo Decreto n.º 5.622, publicado no D.O.U. de 20/12/05.

 

A possibilidade de cursos de mestrado, doutorado e especialização a distância foi disciplinada pelo: Capítulo V do Decreto n.º 5.622/05 e pela Resolução nº 01, da Câmara de Ensino Superior-CES, do Conselho Nacional de Educação-CNE, em 3 de abril de 2001.

 

Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos a distância deverão incluir, necessariamente, provas presenciais e defesa presencial de monografia ou trabalho de conclusão de curso”.

 

Fonte: INEP- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/superior-avaliacao_institucional-legislacao>. Acesso em: 05 nov. 2014.

 

 

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